Em seu maior desafio na Liga das Nações até aqui, o Brasil teve uma batalha duríssima contra a Itália, na madrugada deste sábado, e venceu mais uma. Diante da potência da oposta Egonu, o time brasileiro sofreu na defesa, mas soube dar a volta por cima e, com um show da promissora Ana Cristina, de apenas 20 anos, venceu de virada e no tie-break: 3 a 2.

Com o resultado, o time comandado por Zé Roberto mantém os 100% de aproveitamento, com sete vitórias em sete jogos, e segue firme na segunda colocação da VNL, agora com 19 pontos.  

Egonu leva Brasil às cordas, mas joia comanda reviravolta

Com início arrasador, o time comandado por José Roberto Guimarães, embalado por Ana Cristina no ataque e Carolana e Thaisa no bloqueio, deu indícios de que atropelaria a Itália no primeiro set e chegou a abrir 9 a 2 na parcial.

Com o passar do tempo, porém, o time italiano se encontrou em quadra, encurtou a distância e equilibrou na reta final, chegando a empatar em 24 a 24. No desempate, Lubian errou saque, Egonu atacou para fora e as brasileiras fecharam em 26 a 24.

O Brasil manteve a intensidade na segunda parcial e, com a participação especial de Rosamaria, liderou o jogo mais uma vez, aplicando um imponente 15 a 10 no placar. Acontece que, assim como no início do jogo, controle brasileiro se esvaiu no decorrer do set, a Itália equilibrou as ações, muito por conta do crescimento da oposta Egonu, e desta vez teve sorte melhor nos pontos derradeiros: 27 a 25.

O terceiro set começou diferente dos dois primeiros. Mais ligado nos primeiros pontos, o time italiano forçou nas bolas de primeiro tempo, melhorou seu aproveitamento no saque e minou a recepção brasileira. Com a vantagem, a estrela de Egonu brilhou outra vez. Dona de repertório variado, a oposta passou fácil pela marcação adversária e conduziu a Itália à virada: 25 a 18.

Embalada pela vantagem conquistada, a Itália manteve a estratégia, seguiu castigando o Brasil e chegou a emplacar 15 a 11 no quarto set. Na sequência, porém, quando a resultado parecia escapar das mãos brasileiras, Macris, que entrou no lugar de Roberta, colocou Ana Cristina (até então sumida) na partida. A ponteira, de apenas 20 anos, soltou o braço, “passou por cima” da marcação de Egonu e levou o clássico para o tie-break: 25 a 19.

No último e decisivo set, a confiança voltou para o lado brasileiro. Com Gabi mais participativa, Aninha virando todas as bolas e o bloqueio voltando a funcionar, o time comandado por Zé Roberto foi certeiro, assumiu rapidamente a liderança do placar e não largou mais. Coube a Ana Cristina, melhor ponteira da noite, a missão de anotar o último ponto da partida: 15 a 11 e uma vitória maiúscula do Brasil, que segue invicto na Liga das Nações.