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Como em um clichê hollywoodiano, o Real Madrid conquistou La Decimoquinta. Em Wembley, palco sagrado do futebol inglês, os Merengues escreveram, mais uma vez, seu nome na “Orelhuda”. Com gol do herói improvável, Dani Carvajal, de cabeça. E do herói esperado, Vinícius Júnior, que conquistou sua “Bola de Ouro”. O Borussia Dortmund bem que tentou, como muita gente tentou ao longo da Liga dos Campeões. Mas não evitou o inevitável, não mudou o destino já escrito há muito tempo: a Liga dos Campeões é do Real Madrid. E nada mais!
São 15 títulos do torneio do clube que é dono do futebol europeu. Que, aconteça o que acontecer, segue no topo. Com protagonismo de um brasileiro que escreve seu nome na história, o primeiro brasileiro a marcar em duas finais. Dois gols de título. Uma noite inesquecível em Wembley.
O filme se repete
É a final do torneio de clubes mais desejado do mundo. O jogo onde todos os jogadores sonham estar. O momento que almejaram por muito tempo. Por uma careira. Nem a quebra na concentração logo no início, por três invasões de gramado seguidas, foi capaz de tirar o foco dos atletas.
Alta performance. A performance só alcançada por atletas de topo. Por aqueles que alcançaram quase a perfeição em determinada modalidade. Alta performance é o que falaria mais alto em Wembley. Um palco tão acostumado com a excelência. Que foi sua casa mais uma vez.
Os primeiros minutos de peleja foram de intensidade. Força nas divididas, agressividade nas disputas, atenção extrema nos movimentos. Uma posição fora de lugar poderia significar um gol para o adversário. Uma temporada de lamentações. Foi o que quase ocorreu aos 13: Fullkrüg recebeu de Schlotterbeck nas costas da defesa e ajeitou para Julian Brandt, que mandou arremate perigoso.
O Borussia Dortmund sabia que o caminho para a felicidade, o mapa do tesouro estava ali: atrás das costas da defesa rival. Assim, Adeyemi apareceu na cara do gol mais uma vez. O ponta tirou Courtois do lance, mas Carvajal apareceu para evitar a finalização do rival.
O jogo foi ficando dramático para o Real Madrid. Como foram todas as eliminatórias. Valverde evitou finalização de Adeyemi na área quase tão decisivo quanto Carvajal. E Fullkrüg acertou o poste na sequência. A bola pegou na parte interna da trave e não entrou. Daqueles milagres que só acontecem em favor dos Blancos na Champions. Não foi o único do jogo.
O time de Carlo Ancelotti voltou a sofrer com apagões. Adeyemi recebeu mais uma vez na cara do gol, dessa vez de Brandt, nas costas de Carajal. Dessa vez, conseguiu finalizar. Courtois espalmou. Fullkrüg tentou, mas não conseguiu finalizar na sobra. Courtois trabalhou bem, também, em chute forte de Sabitzer de fora da área. O primeiro tempo foi aurinegro. Mas a bola não entrou.
Clichê hollywoodiano
Era uma partida ainda mais especial para Toni Kroos. A última final de Champions do alemão, que se aposenta após a Euro. Última vez que vestia a camisa blanca. Por muito pouco, o meia não marcou o momento com um golaço de falta logo no início do segundo tempo. Kobel voou para fazer uma defesaça.
Apesar do lance, o Dortmund seguia em cima. Seguia mais perto do gol. Fullkrüg voltou a ameaçar ao receber cruzamento de Adeyemi na área. Mandou cabeçada firme, e Courtois espalmou. Partidaça do belga.
Só que o futebol, às vezes, é um grande clichê. Onde o inevitável é o protagonista. Onde os sonhos se repetem. Onde os heróis são improváveis. Aos 29 minutos, Dani Carvanal, o baixinho de 1,73, que é gigantesco na história blanca, apareceu na área para completar de cabeça cobrança de escanteio e abrir o placar.
A Muralha Amarela parecia incrédula. Mas o time estava tão bem… Mas Marco Reus acabara de entrar em campo… Bem, ainda restava tempo. Mas o filme estava cada vez mais bem desenhado… Bellingham, por pouco, não matou o jogo logo em seguida, quando Schlotterbeck fez praticamente um gol a desviar o chute do rival. Também porque Kobel fez outra defesaça em grande cobrança de falta de Kroos. Ah, vai deixar saudade…
A bola de ouro
Kobel ainda pegou chute colocado de Camavinga e cabeçada de Nacho. Mas já estava tudo escrito nas estrelas. Que a estrela de Vinícius Júnior brilharia na noite de 01 de junho de 2024. Após erro na saída de bola aurinegra, Bellingham deu a Vinícius a bola de ouro que o brasileiro tanto queria. A bola de ouro que não é um prêmio individual: é, na verdade, um gol. A chance de entrar, de novo, para a história. Vini está na história. Com a perna esquerda, tirou de Kobel e se tornou o primeiro brasileiro a marcar em duas finais de Champions. Se tornou o protagonista de outra conquista merengue. Vinícius é uma linda página na história do Real Madrid. Do futebol.
O Dortmund ainda tentou. Marcou com Füllkrug, mas estava impedido. Mas nada mudaria os rumos dessa noite.
O tempo ainda parou, quando Toni Kroos deixou o campo ovacionado. Pela última vez, saiu de campo com a camisa blanca, claramente emocionado. Para dar lugar a seu parceiro de tantos e tantos anos, Luka Modric. Um filme passou diante de nossos olhos.
Faltando dois minutos para o fim, Ancelotti tirou Vini. Só para ele ser também ovacionado. Só para ser o primeiro a abraçar o brasileiro.
E os minutos finais foram triviais. Protocolares. Como, na verdade, toda a Liga dos Campeões. Como em um filme em que todos já sabem o final, dos maiores clichês hollywoodianos. Ainda assim, todos vão ao cinema para ver. E aplaudir. La Decimoquinta. A Liga dos Campeões é do Real Madrid. E nada mais!
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