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A promissora geração de ouro da Bélgica fracassou na tentativa de dar à seleção o primeiro título de relevância. A decepção na Copa do Mundo do Catar indicou um fim melancólico de um ambicioso plantel. Entretanto, sob novo comando, os Diabos Vermelhos buscam uma nova chance de sonhar e chegam para a Eurocopa sem a mesma expectativa, mas com retrospecto ainda empolgante.
Durante o curto ciclo para a competição europeia, a seleção belga sustentou uma campanha invicta de 14 partidas, com dez vitórias e quatro empates. No caminho para a Euro, a equipe encerrou um jejum histórico sobre a Alemanha, voltando a vencer os adversários após 69 anos, e liderou com folga sua chave nas Eliminatórias.
A última derrota da Bélgica aconteceu justamente na sua maior decepção, o Mundial de 2022. No Catar, a seleção comandada até então por Roberto Martínez sucumbiu diante do Marrocos, perdeu por 2 a 0 e encaminhou sua eliminação precoce na fase de grupos. O empate sem gols contra a Croácia na última rodada não evitou o vexame do que parecia ser o último ato da Geração de Ouro.
Uma luz no fim do túnel em meio a reformulação
O fim do sonho também encerrou a trajetória de alguns dos pilares daquele elenco. Em decadência na carreira, Eden Hazard se tornou o símbolo do fracasso belga e colocou um ponto final na sua passagem pela seleção aos 32 anos. Junto ao ex-atacante do Real Madrid, a Bélgica também sofreu com as despedidas de Dries Mertens e Toby Alderweireld.
Além dos finais de ciclos nos gramados, os Diabos Vermelhos também finalizaram a Era Roberto Martínez e encerraram a passagem do treinador após sete anos no comando do selecionado. Para ocupar o cargo, os belgas apostaram no jovem e promissor Domenico Tedesco. O técnico ítalo-alemão de 38 anos chegou ao comando da seleção após uma crescente rápida na carreira passando por Erzgebirge Aue, Schalke 04, Spartak Moscou e RB Leipzig.
A aposta de risco não poderia trazer resultados mais ágeis. O jovem comandante deu início imediato à reformulação do plantel e contou com a experiência de dois remanescentes para liderar a nova geração belga.
Aos 33 anos, Kevin De Bruyne voltou a vestir a camisa da seleção com o mesmo ímpeto. Embora tenha ficado de fora por mais de um ano, o meia do City soma dois gols e duas assistências em apenas quatro jogos disputados neste ciclo.
A mesma dedicação pelo país também é apresentada por Romelu Lukaku. Artilheiro isolado das Eliminatórias para a Euro, o centroavante deixou para trás, com folga, Cristiano Ronaldo, Mbappé e Harry Kane. No período pós-Copa do Mundo, o goleador belga soma 17 gols marcados em 11 partidas.
Enquanto os veteranos mostram o caminho, as novidades vão ganhando mais espaços com Tedesco. O jovem quarteto ofensivo com De Ketelaere, Johan Bakayoko, Jérémy Doku e Lois Openda busca se firmar, recebendo mais protagonismo durante a Euro. Enquanto Zeno Debast, Aster Vranckx e Arthur Vermeeren se preparam para as suas estreias em uma grande competição.
Pressão e responsabilidade menor podem ser triunfos
Embora a Bélgica nos últimos anos tenha sido frequentemente cotada como favorita nas principais disputas, a Euro 2024 marca uma queda significativa na pressão e nas expectativas geradas. Fora da prateleira dos grandes candidatos ao título, os Diabos Vermelhos jogam livres da responsabilidade, que foram impostas em competições anteriores.
Com contrato apenas até o final da Euro, Domenico Tedesco tem sua própria prova de fogo para mostrar que está no caminho certo para manter a Bélgica sonhando com uma grande conquista. A campanha invicta até a competição coloca o treinador em uma posição confortável em relação à sua renovação
O caminho dos belgas na Euro 2024 começa na próxima segunda-feira, às 13h (Horário de Brasília), contra a Eslováquia. Em um grupo considerado tranquilo, ainda com Romênia e Ucrânia, os Diabos Vermelhos testam suas forças em busca de afirmação antes dos duelos mais perigosos.
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