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revolução francesa (no futebol) :: Colunas de Opinião

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Luz aos esquecidos, onde aqueles andarilhos do futebol vo parar. Onde as traves esto desalinhadas e o campo mal demarcado. Onde os cachorros invadem o gramado e o VAR no foi convidado. Onde?

As Crônicas de uma Morte Anunciada, de Gabriel Garcia Marquez, conseguem captar e prender o leitor mesmo com o spoiler escancarado em seu título e primeiras páginas. Santiago Nasar havia de morrer, mas antes disso acordou às 5h30 da madrugada e, inconscientemente, passou por todo roteiro do que não sabia que viria a ser seu último dia. O processo de morte do Girondinis Bordeaux é mais sofrido, agonizante. Leva mais ou menos seis anos e, ao que tudo indica, terá termo por estes dias – com a falência.

O longo e lento processo de extinção do Football Club des Girondins de Bordeaux passa por rebaixamento, humilhações, e um desaparecimento súbito, mesmo que ainda existisse. Tudo começou em 2018. O clube havia terminado em 6º o Campeonato Francesismo e foi comprado no pausa para a novidade temporada por Joseph DaGrosa – o movimento deu termo a 19 anos de propriedade da M6, uma gestão vitoriosa com um título gaulês, e conquistas da Taça da Liga (3) e Despensa da França (2).

DaGrosa, nome espargido no futebol europeu, esteve no missão por pouco tempo. Ele acabou posteriormente vendendo o Bordeaux para o infame Gérard López Fojaca, espargido por gestões desastrosas no Boavista (Portugal) e na Lotus (equipe de Fórmula 1). Quando Fojaca adquiriu o Bordeaux, a crise financeira já era veras, mas a situação se tornou pior num contexto de pandemia e de rebaixamento para a segunda repartição.

“Mais um golpe potente, um golpe a mais? Oprimidos por milénio infortúnios nos últimos seis anos, continuamos a viver um pesadelo acordado (…) Esta noite, mais uma vez, tal uma vez que dezenas de milhares de apoiantes girondinos, teremos dificuldade em adormecer. (…) Podemos ver o Bordeaux morrer sem fazer zero? Essa teoria nos assombra. Mas é preciso manifestar a verdade que nos sentimos perdidos (…). Muitos acreditam que, em última estudo, um pedido de falência puro e simples poderia ajudar a limpar o Bordeaux, um retorno à estaca zero (…) O que faremos, o que diremos, o que sentiremos quando todos os bens do clube, desde as lembranças aos troféus forem confiscados um posteriormente o outro?”, diz trecho de uma extensa missiva publicada pela torcida organizada Ultramarines Bordeaux 1987. 

É impossível não se simpatizar com os Girondinos, embora eles tenham se tornado, conforme os livros de história sobre a Revolução Francesa, aquilo que uns ou outros não acreditam. A mediocracia. Porém, nem aquele grupo que sentou ao lado oposto na Tertúlia Constituinte durante a revolução, os Jacobinos, devem estar felizes com esta situação – enfim, cá, falamos da história de todo o futebol gaulês.

O tempo é cruel. Nos tempos modernos, zero parece ser perene, nem mesmo o clube mais velho do futebol gaulês. Sim, Football Club des Girondins de Bordeaux é esta equipe, fundada em 1881, com 142 anos, mais velho que qualquer clube brasílio em atividade. 

Um clube de futebol, sabor de manifestar, é segmento da cultura de cada um de nós. E é isso que diz a missiva mais triste que você pode ler neste ano: é sobre os pais, filhos, tios, avós, amigos, vizinhos e até estranhos com quem você compartilhou algumas das maiores alegrias e desgraças da sua vida. Aquela pessoa que você nunca viu, mas o abraçou uma vez que talvez nunca tenha adoptado outro alguém na vida, tudo por um gol. Nunca é somente futebol, é muito sobre onde e com quem nós sentimos muito, nos identificamos, sobre o estádio que chamamos de lar, sobre as cores que consideramos a segunda pele, sobre o hino que entoamos mais basta que o do nosso país. 

Um time, ainda mais uma vez que o Bordeaux, representa toda uma cidade. É fácil exemplificar ao ver o imponente Matmut Atlantique. Mesmo na segunda repartição esteve pleno, um feito gigante não só pelo contexto, mas por comportar, sozinho, 20% de toda a população de Bordeaux.

Ao morrer o Bordeaux sob o nome que foi fundado, morre também um hexacampeão gaulês. Que tinha mais títulos que o Paris Saint-Germain até 2018. Morre o time de Lizarazu, Dugarry e Zidane, nosso pesadelo de 1998. Morre uma grande segmento de cada torcedor, uma vez que no pretérito recente morreu alguma coisa dentro de torcedores do Rangers, do Napoli ou da Fiorentina. Mas uma coisa nunca morre. A história. Esta é indelével.

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