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Pai e filho com o mesmo nome. Faltou criatividade na família? Talvez. Mas a esperança era que o futuro fosse igual ao passado. Conhecido no futebol brasileiro e com idolatria no Botafogo da Paraíba, Warley teve, no dia 27 de dezembro de 1999, um filho. E quis o destino que o jovem homônimo seguisse os passos do pai no turbulento mundo da bola.
“Acho que sempre teve um sentimento especial no meu coração (pelo Botafogo), e acabou que depois do estadual eu acabei recebendo algumas propostas, mas assim que chegou o convite do Botafogo eu não hesitei, liguei para o meu pai para ele ficar a par da situação. Ele também ficou muito feliz, aí já relembra um pouco da história dele aqui também, já emociona”, disse o jogador em entrevista a oGol.
Warley pai, centroavante, foi jogar no Botafogo da Paraíba já no final da sua carreira, em que passou por clubes como Atlético Paranaense, Coritiba, São Paulo, Udinese, Grêmio, Palmeiras e disputou a Copa das Confederações de 1999 pela seleção brasileira. Antes do Belo ainda teve uma passagem de grande destaque por Treze e Campinense, ambos da Paraíba.
A chegada ao Belo foi em 2013, em primeira passagem que terminou com 16 gols em 48 jogos. Passou pelo River-PI e voltou ao Botafogo-PB para encerrar a carreira, com mais 10 gols em 44 partidas. Pelo clube conquistou duas vezes o Campeonato Paraibano e conquistou a Série D.
Já Warley filho, meia, soma até aqui 16 partidas pelo Botafogo da Paraíba, mas sem gol. Ele é titular absoluto da equipe. Também já passou por Paraná, Novorizontino, Criciúma, Bahia, Sampaio Corrêa e seu último clube foi o Joinville. Aos 24 anos, quer seguir os passos do pai e marcar história no Belo com o acesso para a Série B.
A influência do pai é clara na carreira de Warley. Se hoje o brasiliense é jogador profissional de futebol, muito se deve ao pai, que nunca parou de motivar o garoto a, na época que começou, iniciar nas categorias de base de outro Botafogo, o de Ribeirão Preto.
“Desde pequeno eu sempre tive esse sonho de jogar futebol. Meu pai sempre dando um pitaquinho ali, dava um brinquedo ou outro, mas sempre tinha uma bola. Sempre tinha uma bola para estar chutando, para estar brincando ali e acho que isso aí, indiretamente, teve uma influência para ele puxar a sardinha para o lado dele, mas nunca me forçando a nada, sempre me deixando à vontade para tomar as minhas decisões”, adicionou o filho do ídolo do clube de João Pessoa.
A recepção na Paraíba não podia ser melhor. As lembranças dos tempos áureos do pai voltaram na cabeça dos torcedores e a expectativa era de uma história similar. A pressão existe e as comparações também, mas, ao mesmo tempo que Warley se orgulha da trajetória do pai, o jogador quer se afastar as comparações.
“Fui muito bem recebido aqui no clube. Lógico que, internamente, nós buscamos evitar ao máximo essa comparação, essa ligação minha com o meu pai, até para tirar um pouco o peso do dia a dia. Externamente, a gente sabe que imprensa, torcedores vão fazer essa comparação é inevitável, mas eu vim preparado para isso”, pontuou o meia.
O maior sonho de Warley no momento é o acesso à Série B. E o Botafogo, com ajuda do meia, segue muito bem na terceira divisão: o clube de João Pessoa é o vice-líder da competição com 28 pontos em 13 jogos e, muito provavelmente, deve disputar a segunda fase da competição, que é realizada em um molde de dois grupos com quatro equipes em cada.
“Eu acho que depois que classifica, vira um campeonato particular. Como zera a pontuação, temos que fazer valer o nosso fator casa. Sabemos que somos muito fortes dentro de casa. E saber fazer valer essa força para conseguirmos conquistar o nosso objetivo, porque sabemos que os nossos adversários também vão estar se preparando”, adicionou.
Além do acesso, existe o objetivo particular de cada atleta dentro do Botafogo. Mesmo que o maior sonho seja conquistar a vaga na Série B, cada jogador tem a expectativa de “de ser lembrado por onde passa”, como disse o próprio meia. Mais que isso, em processo de virar pai, Warley quer, antes de tudo, orgulhar a família, que vai aumentar no começo de setembro.
“Então (o filho) nasce um pouquinho antes do objetivo que pode ser o meu objetivo principal do ano, que é o acesso com o Botafogo. Acho que com esse objetivo concluído, seria a coroação de uma temporada, para mim, muito especial e muito particular por conta desse sentimento único que eu criei desde o começo do ano”, somou.
O futuro do jogador, apesar da bela história com o Belo, ainda é incerto. Em boa fase na temporada, com duas assistências e a titularidade garantida nos 16 jogos que disputou com a camisa do clube paraibano depois que deixou o Joinville, o interesse do jogador é prolongar a história familiar no Belo e seguir fazendo história na linhagem “dos Santos”.
“Eu deixo tudo na mão do meu empresário. Agora eu estou muito focado no objetivo principal do clube, que foi traçado no início, quando eu cheguei. No último acesso do Botafogo da Série D para a Série C, o meu pai estava presente, então, quem sabe não poderemos ter mais um acesso com o Warley presente da Série C para a Série B, eu acho que essa é a minha maior obsessão do momento”, concluiu o meia atacante.
Quem sabe o filho do jogador não seja mais um Warley para a linhagem sagrada “dos Santos” em João Pessoa e, também, pelo Brasil afora.
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